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Poluição sonora na cidade de Macapá

  • Nicole Lemos
  • 21 de ago. de 2017
  • 3 min de leitura


Observo que a poluição sonora tem crescido muito na cidade de Macapá e acaba se tornando um grande problema para aqueles que se incomodam com som alto. Além dos malefícios que a poluição sonora causa, também observo que as pessoas que fazem a prática de tal ato não se importam se estão incomodando ou não a vida do outro.


A poluição sonora é presenciada constantemente no centro da capital e apesar de existir fiscalização por parte do Batalhão Ambiental, que recebe diariamente muitas denúncias de som alto, as denúncias só aumentam e geralmente nos mesmos lugares, tendo um aumento significativo aos fins de semana e feriado.


Segundo dados da Delegacia do Meio Ambiente (DEMA) de Macapá, no ano de 2016 foram recebidas em média 63 ligações por dia, e foram totalizadas 23.072 ligações de pessoas realizando denúncias e reclamações neste ano. Em 2012 foi considerado o ano mais crítico, pois alcançou o número de 32.884 ligações, o maior já registrado em Macapá.


Ao andar pela cidade à noite, observo um número significativo de carros com o som alto em bares, e quiosques; casas de show sem revestimento acústico, que são próximos a várias residências e nem o horário da madrugada faz com que abaixem o volume do som, somente quando a fiscalização chega é que são obrigados a tomar tal atitude, para não terem problemas judiciais ou com multas.


Um exemplo que já até se tornou repetitivo, e percebe-se a perturbação do silêncio alheio, é atrás da praça do coco em Macapá, onde as pessoas se concentram disputando quem tem o carro de som mais alto. Muitos possuem paredões de som automotivo e só escutam música em alturas não aceitáveis, perturbando a paz de quem estiver por perto.


Uma das residências que fica situada bem em frente de onde essas pessoas se reúnem aos fins de semana, tem uma moradora que faz constantes reclamações e denúncias, pois sente que seu sossego não é respeitado. A fiscalização chega e todos abaixam o som, muitos vão embora do local, porém logo em seguida voltam a aumentar o volume do som ali mesmo ou apenas se deslocam para algum local próximo.


No entanto, esse não é um problema exclusivo do centro da cidade, em todos os bairros é perceptível que muitos não respeitam o direito do outro e acabam escutando música de diversos tipos em uma altura não aceitável para a saúde auditiva de quem estar por perto. Em Macapá, posso ver muitos casos durante o dia, noite, a qualquer tempo, principalmente nos conjuntos habitacionais, onde os apartamentos são colados um ao outro e qualquer barulho mínimo já é um problema.


A poluição sonora, além da paz, também podem gerar alguns males para todos os seres, como: estresse, depressão, insônia, agressividade, perda de atenção, perda de memória, dor de cabeça, cansaço, zumbido e surdez, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).


Para mudar essa realidade presente na capital, penso que deveria haver uma fiscalização mais intensa por parte da DEMA, no sentido de ser mais ativa mediante as denúncias recebidas; além de um monitoramento maior nos lugares onde possuem mais reclamações. Uma viatura do Batalhão Ambiental presente já seria suficiente para que o barulho diminuísse. Desta forma, traria paz para a população que se sente prejudicada com o alto barulho de som, especialmente nos finais de semanas e feriados, onde o movimento na cidade é consideravelmente maior em relação aos dias comuns.


 
 
 

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