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Adoção: um ato de amor pelo próximo

  • Laiza Mangas
  • 23 de ago. de 2017
  • 3 min de leitura

Você já pensou em adotar uma criança? Essa é uma pergunta que eu me fiz até um tempo atrás, e hoje a minha resposta é sim. A adoção é uma das maiores provas de amor que uma pessoa pode ter com o próximo. É uma outra forma de filiação e deve ser respeitada como tal.


No Brasil, desde a Constituição de 1988, a adoção é vista como uma medida protetiva à criança e ao adolescente, deixando de lado o interesse dos adultos envolvidos, e priorizando o bem estar e o desenvolvimento físico, psicológico, educacional e social da criança.


De acordo com os últimos dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) cerca de 7 mil crianças e adolescentes estão disponíveis para adoção no Brasil. Enquanto essas crianças não são adotadas, são os abrigos que acolhem com amor e o cuidado que as crianças merecem.


No Amapá, há dois abrigos com essa finalidade. A Casa Lar Ciã Katuá recebe crianças com a faixa etária de 0 à 12 anos incompletos, e o abrigo Marluz Araújo de 12 à 18 anos. Essas casas de Assistência Social funcionam com apoio jurídico de órgãos como o Conselho Tutelar, além de contarem com doações para se manter. No entanto, nem sempre esse auxílio é o suficiente para atender a demanda do local.


Em entrevista para reportagem “A casa de quem? Assistência social para lares perdidos” veiculada na Rádio Universitária, a Assistente Social Luciele Miranda conta que estrutura do abrigo Marluz Araújo não é um sonho, mas é o suficiente para não causar prejuízo na formação do adolescente, “eles vivem de acordo com que a gente tem lá, a nossa estrutura não é muito satisfatória, mas ninguém passa necessidade”, relatou Luciele.


Os abrigos têm um papel fundamental na educação dessas crianças e adolescentes. Muitas vezes eles passam anos nos lares, até que sejam religados a um membro responsável ou que sejam adotados por outra família.


Para a família que opta por adotar uma criança, o processo é demorado, pois se passa por uma série de determinações da Justiça, mas tudo é em prol do bem estar dessa criança. De acordo com dados do CNJ, há cerca de 40 mil pretendentes cadastrados para adotar.


Mas afinal, porquê essas crianças ainda não foram adotadas? Infelizmente, a grande maioria das pessoas procuram por crianças de até um ano de idade, e poucas se encaixam nesse perfil.


A Assistente Social, Luciele Miranda, afirma que os adolescentes de 12 à 18 anos que residem no abrigo Marluz Araújo são muitas vezes discriminados por estarem fora do padrão de adoção. Infelizmente, essa situação é delicada, pois envolve muitas questões pessoais.


Eu acredito que o amor de uma família adotiva é construído da mesma forma que de uma família genética, e por isso não importa a faixa etária e sim a educação e o carinho que vai ser repassado para essa criança ou adolescente.

Umas das provas desse amor é a história contada na reportagem “A casa de quem? Assistência social para lares perdidos” da Ana Clara de apenas 11 anos que foi moradora de um abrigo e que hoje em dia mora com sua família adotiva. “Tô muito mais feliz com eles do que com a minha família biológica. Minha família adotiva é bem mais carinhosa que meus pais, que só me tiveram porque a minha avó não deixou minha mãe abortar”, contou.


São relatos como esse que mostram a dura realidade dessas crianças e adolescentes. A adoção proporciona um lar afetivo e seguro para que a criança possa se desenvolver.


Como forma de incentivar esse ato, aqui no Brasil é comemorado todo dia 25 de Maio, o Dia Nacional da Adoção. Um dia inteiro para celebrar o que deve ser refletido o ano inteiro, a importância da adoção na vida de uma criança.



 
 
 

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