top of page

COLUNA


O discurso de “defesa” de Temer. Os principais jornais e parte da sociedade informada e preocupada com os rumos políticos dos país, aguardaram com expectativa o pronunciamento do presidente, depois que o procurador geral da República, Rodrigo Janot, o indiciou por crime de corrupção passiva. Dando vazão ao ditado que diz “o ataque é a melhor defesa”, o combalido presidente preferiu desqualificar os trabalhos da Operação Lava-jato e, em especial, as ações de Janot. Nenhuma explicação plausível. A velha retórica do “eu sou vítima”. O país continua à deriva.


Dudu Camargo: vergonha alheia é pouco. A Wikipédia afirma que Eduardo Ferreira de Almeida Camargo, o Dudu, é apresentador, jornalista, ator, radialista e modelo. Uma informação muito pertinente para entendermos a natureza megalomaníaca e exibicionista do mais novo pupilo de “Silvio Santos vem aí”. Aqueles que criticam a postura, a linha editorial do Primeiro Impacto, precisam entender uma coisa: porcaria televisiva rende audiência; audiência atrai patrocinadores; patrocinadores rendem dividendos para Silvio Santos. Vergonha alheia, sim, mas isso é pouco para convencer um magnata da TV disposto a lucrar mais e mais. Ah, ia esquecendo, a audiência gerada pelo comportamento insano e constrangedor da nova figurinha televisiva também contribui para os planos alvissareiros do Patrão do SBT.


PF e a suspensão de emissão de passaportes. Você faz poupança, corta gastos, economiza como pode. Planeja-se para fazer aquela viagem dos sonhos com a “patroa e as crianças” e “pah”, acorda com a notícia de que a Polícia Federal suspendeu, por tempo indeterminado, a emissão de novos passaportes. Tudo bem que você se planejou para ir a Disney, mas, “migo”, para e pensa: isso aqui ô, ô; é um pouquinho do Brasil, ia, ia! A justificativa é “insuficiência de orçamento destinado às atividades de controle migratório e emissão de documentos de viagem”. Nem tente argumentar: “mas a emissão é paga e cara!”, melhor mesmo é “botar a sandália de prata e ir pro samba sambar”.


Eleições para presidência do SINSEEAP. O recente pleito eleitoral que pretendia eleger, democraticamente, uma nova “chapa” para comandar o maior sindicato de servidores do estado já está dando o que falar. Nenhuma novidade, afinal, no penúltimo pleito as coisas não foram diferentes, envolvendo judicialização do processo e extensão do mandato do atual presidente. Acusações, contra-acusações, dedos em riste e uma categoria à mingua, que não se faz representar por seu próprio sindicato. A chamada “classe de trabalhadores pensantes” perdeu sua capacidade de organização e mobilização social? Que relação existe entre essa aparente apatia sindical e o imobilismo político-social, tão necessário às ruas? As salas de aula formam futuros revolucionários ou apenas reproduzem o status quo? Perguntas, perguntas e mais perguntas. Quem tem as respostas?



bottom of page