O impacto dos projetos sociais na vida dos jovens amapaenses
- Beatriz Moura
- 4 de set. de 2017
- 2 min de leitura
O esporte cresce significativamente no Amapá. A maior parte das pessoas que se destacam nesse meio são adolescentes e jovens. É possível encontrar muitas histórias de meninos e meninas novos que saíram da marginalidade e cresceram dentro do esporte que escolheram praticar. Então, qual é a importância do esporte na vida dos jovens amapaenses?
Para muitos, acredito que o esporte é um meio de se desconectar do mundo ao redor, onde se sentem livres. E é o esporte que tem salvado a vida de muitos jovens amapaenses, principalmente por meio dos projetos sociais. Muitos começaram sem estrutura nenhuma, só com a ideia de ajudar a construir um futuro melhor para as pessoas, além de resgatar os jovens da marginalidade e os incentivarem a não desistirem dos seus sonhos.
Um grande exemplo de projeto social que conheço em Macapá é o “Guerreiros sempre serei. Desistir jamais”, do professor Bruno Igreja. Em meio a muitas dificuldades, como a falta de investimentos, conseguiu levantar atletas que já representaram o Estado em competições nacionais. “É um prazer muito grande ser tutor de um projeto social, costumo dizer que para você trabalhar com projeto social você tem que ter um bom coração, que não é qualquer pessoa que disponibiliza do seu tempo e conhecimento para fazer algo que não é remunerado, e em prol de uma comunidade”, afirma o professor Bruno Igreja, em entrevista para a reportagem acadêmica ‘Falta de incentivo no esporte juvenil tem feito atletas desistirem de seus sonhos’.
O foco dos projetos sociais, em sua maioria, é tirar os jovens das áreas de risco social, e tem feito grande diferença no contexto da prevenção. Porém, muitas vezes não é o que acontece. Há casos de jovens que esperavam mais do esporte, e acabaram se decepcionando pela falta de incentivo, que é algo que chama a atenção no estado. Jovens como esses entram em um projeto social com uma visão, e a decepção acaba levando para um caminho de vulnerabilidade, frustação, que é o da marginalidade.
É fácil e preocupante observar o descaso por parte das autoridades amapaenses em relação ao esporte e os projetos sociais existentes em toda a capital. De acordo com a Secretaria de Estado Desporto e Lazer (Sedel) não há dados da existência de projetos sociais no estado. O próprio departamento que lida com informações esportivas não possui balanço ou cadastros de projetos sociais esportivos, ou seja, fica evidente o pouco ou nenhum compromisso das autoridades com a juventude.
Mesmo assim, espero e tenho esperança que os jovens evoluam na prática de esportes, enfrentando as dificuldades, e crescendo com mais saúde, para assim relacionarem-se melhor com a sociedade e contribuindo para a melhoria em vários aspectos de suas vidas, que consequentemente levem ao afastamento do mundo da marginalidade.
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